Casou, reconheceu a união estável ou apenas juntou as escovas de dentes, mas na hora da divisão ou união das contas não encontram uma solução para ajustar as finanças do casal?
Conversar sobre como planejar um orçamento viável a dois faz toda a diferença em um relacionamento saudável e duradouro e é um tema que definitivamente não deve ser deixado para ser discutido só depois do casamento.
O que ocorre na grande maioria dos casos é que as pessoas definem a situação financeira do casal apenas depois de morar juntos ou assinar algum papel.
Conversar sobre condições salariais e planejamento familiar é muito importante desde o começo do relacionamento pois define parâmetros e evita que expectativas erradas sejam projetadas ou frustradas.
Saiba como inserir essas conversas de uma forma saudável sem criar atritos e dessa forma ter um cenário financeiramente mais seguro e confortável para os dois no futuro.
Primeiro passo: ter conhecimento sobre o salário do seu parceiro
Esse, sem sombra de dúvidas, é um tema muito polêmico.
Transparência, na minha opinião, é um fator bem importante no relacionamento.
Se você não tem essas cartas na mesa, não existe nenhuma possibilidade de dimensionar de uma forma justa como cada um irá contribuir para os gastos da família.
Vou exemplificar.
Digamos que temos um casal, Ana e Renato.
Ana recebe R$2 mil reais no mês enquanto Renato recebe R$15 mil.
Eles se casam e resolvem dividir as contas.
Como irão fazer isso diante do abismo de distância que existe entre o que recebem?
Uma conta de R$200 reais terá o mesmo impacto no gasto de ambos?
Saber a realidade do outro é muito importante e isso irá influenciar inclusive na projeção dos sonhos e realizações dos dois no futuro desde que sejam francos desde o começo.
Segundo Passo: definir como irão organizar as contas sobre as finanças do casal
Definir como irão se organizar é outro passo muito importante para as finanças do casal.
Terão uma conta conjunta onde depositarão um valor mensal e cada um além disso terá sua própria conta para gastos pessoais?
Terão apenas uma conta conjunta onde irão depositar os dois salários e a junção será definida como renda familiar?
Definir isso pode parecer que não, mas faz muita diferença.
Não existe solução perfeita e nem uma é melhor do que outra.
Existe o que é melhor para a realidade de sua família e isso deverá ser definido por vocês.
Uma boa estratégia para os que não juntam as contas e a partir disso definem a renda familiar como um todo, é cada um contribuir com um % de seu salário e partir daí para o pagamento das contas.
Por exemplo:
Se Ana recebe R$2 mil, e em acordo definiram que seria retirado 30% de cada salário para o pagamento das contas, Ana contribuirá com R$600 reais, enquanto Renato, que recebe R$15 mil contribuirá com R$4.500 reais.
E o excedente de seu próprio salário será gasto da forma como cada um quiser.
Terceiro passo: sejam um time mas saibam preservar a sua individualidade
Agir em sintonia é necessário para o sucesso de qualquer assunto dentro de um relacionamento.
Antes de mais nada, atuar em conjunto, ter um diálogo saudável e tranquilo sobre os problemas e até temas rotineiros que surgem sobre as finanças da família é fundamental.
Participar de forma ativa na dinâmica familiar sobre o tema também é algo que ajuda e consolida tudo o que trouxemos até agora para um planejamento familiar de sucesso.
Por outro lado, na mesma medida que o trabalho em equipe contribui positivamente, é preciso ter a consciência de que manter a individualidade de cada um também é extremamente necessário.
Os gastos pessoais são importantes para o parceiro se sentir realizado dentro de uma relação e por isso ter um espaço onde cada um pode exercer sua própria individualidade contribui para a felicidade e crescimento do casal.
Ter contas separadas para isso ou definir uma espécie de “mesada” mensal onde poderão gastar aquele dinheiro definido anteriormente sem precisar dar nenhum tipo de satisfação ou aprovação sobre ele pode ser o que falta para definir a saúde da relação.
Quarto passo: definir economias e planos para reservas das finanças do casal
Todo mundo precisa ter uma reserva de segurança.
Imprevistos acontecem o tempo inteiro e você precisa estar preparado quando isso acontecer na sua família.
Conversem sobre quanto será retirado para ficar em standby e você não deve contar com esse dinheiro por um tempo.
Uma ótima opção é investir ao invés de deixar esquecido na poupança pois definitivamente a poupança não é um bom lugar para o seu dinheiro crescer.
Você não precisa de muito dinheiro para começar a investir.
Saiba aqui os 4 passos necessários para começar a investir com muito pouco.
Conclusão
Construir um relacionamento com bases sólidas só é possível quando todas as pessoas envolvidas estão focadas nessa meta.
Transparência, diálogo e uma boa pitada de sabedoria para lidar com temas financeiros com tranquilidade é o que leva a ter suas finanças de casal em dia.